O poeta das montanhas

Uma paisagem montanhosa dramática e poética com uma figura solitária parada na beira de um penhasco. A figura olha para picos e vales distantes sob um céu cheio de nuvens mutáveis. A cena é imbuída de uma sensação de serenidade e melancolia, com rochas escarpadas sob os pés da figura e sombras brincando nas montanhas. Rios serpenteiam abaixo, e árvores balançam suavemente ao vento. A atmosfera transmite uma profunda introspecção e a solidão do poeta enquanto eles buscam significado em meio à beleza e à dureza da natureza.

Inquirim

Nas alturas onde o vento sopra livre,
O poeta encontra sua alma no horizonte,
Entre picos e vales, sua voz vive,
A natureza é sua canção, seu constante.

Cada pedra conta um verso guardado,
Cada nuvem carrega um sonho distante,
E o eco, suave, por entre os rochedos,
Repete segredos que ele deixa errante.

Os rios cantam hinos de liberdade,
As árvores balançam em sua melodia,
Nas montanhas, ele não busca verdade,
Mas o silêncio que o inspira dia a dia.

Seus olhos veem mais que o céu e a terra,
Veem o tempo em forma de eternidade,
Pois o poeta das montanhas nunca erra,
Seu coração é feito de intensidade.

Voçoroca

Subi montanhas em busca de sentido,
Mas os ventos me falaram do vazio,
Entre sonhos desfeitos e caminhos partidos,
Senti o frio da vida, o peso sombrio.

As pedras que pisava, firme outrora,
Agora cortam meus pés, antes seguros,
E os versos que um dia ecoaram sem demora,
Hoje se perdem em silêncios obscuros.

A cada passo, o horizonte recua,
O que parecia perto se faz distante,
E as certezas que me guiavam pela rua
Desvaneceu-se em névoa, incerta e errante.

Fracassei em promessas que fiz a mim mesmo,
Desilusões pendem como sombras tardias,
E no eco das montanhas, confesso a esmo:
"Prefiro a morte que viver sem alegria."

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